Quando acordou, o sonho lhe veio enigmático, embora o sentimento que dele emanasse fosse de uma clareza indescritível que a tomava por inteira. Era fechar os olhos e sentir de novo aquela paz, aquele regozijo plácido e prazeroso. Mas evitava fazê-lo, pois a cada vez era como se contaminasse um pouquinho aquele sentimento puro com as agruras da sua mente. Era como se o poluísse aos poucos com seus conflitos, com os equívocos que a habitavam. Melhor não ficar pensando, não ficar querendo entender. Sentia-se em paz com seu cavalo selvagem com pelo de urso, rugido de leão e alma de dragão. O sonho era mágico. E a magia era sobre a arte de domar as feras.
3 comentários:
Belo...belo...
Lola, querida:saudades!
PS: ando lendo Clarice. Lispector.
mto bom... gostei do que escreveu... e lá vai ela à galope com seu cavalo!!!
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